quarta-feira, 20 de junho de 2012

Vai para a justiça o caso da aluna com dislexia impedida de fazer exame separada

Constança é portadora de Défice de Atenção, Motricidade e Percepção e Perturbação Específica do Desenvolvimento da Linguagem, mas é capaz de responder correctamente a questões de interpretação quando lhe são lidas.

17-06-2012 8:42



Constança tem dislexia e foi impedida de realizar as provas finais do 9º ano em sala separada, com leitura de enunciados, medida que tem sempre feito parte do seu percurso escolar. A mãe já avisou que vai recorrer para a justiça.

"Irei entrar com um processo no Tribunal Administrativo para que seja reposta a equidade e a justiça em todo este processo, pedindo a este tribunal que remeta o processo para o tribunal Constitucional para que possa ser verdadeiramente analisada a legalidade destes actos", escreveu a mãe, Mafalda Alves, numa nota enviada à agência Lusa.

A decisão foi tomada, adianta, depois de não ter obtido respostas por parte do Ministério da Educação e dado que o próximo exame é de Português, na segunda-feira.

"A minha filha irá realizar os seus exames, a pedido dela", acrescentou a mãe, lembrando que Constança não vai estar em igualdade de circunstâncias com os outros alunos.

A decisão da não realização do exame numa sala isolada foi tomada pelo Júri Nacional de Exames, que, no mês passado, indicou que algumas escolas "generalizaram certas condições especiais de realização das provas de uma forma pouco criteriosa, em particular a medida ‘leitura de enunciado por um professor’".

No dia 17 de Maio, o ministro da Educação, Nuno Crato, confrontado com o caso de Constança, afirmou que estavam a ser analisados "um a um" os casos dos alunos com dislexia que necessitam do apoio de um professor para ler os enunciados dos exames nacionais do nono ano.

Para Nuno Crato, esta é uma "matéria técnica, subtil e delicada": "Há crianças que têm a lucrar com a leitura dos testes, mas também há crianças que têm a lucrar com uma leitura autónoma dos testes".

Um dia antes, o Provedor de Justiça tinha mandado abrir um processo ao caso desta aluna.

No processo da Constança, a que a Lusa teve acesso, constam recomendações da escola, em Odemira, da terapeuta, e até um despacho favorável da Direcção Regional de Educação do Alentejo para que seja atendido o pedido da encarregada de educação.

A Constança é portadora de Défice de Atenção, Motricidade e Percepção (DAMP) e Perturbação Específica do Desenvolvimento da Linguagem (PEDL), que estão na origem da dislexia e da disortografia, segundo o relatório que acompanha o processo.

Porém, é capaz de responder correctamente a questões de interpretação quando lhe são lidas.


Fonte :http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=66479#.T93ZVBN-iiw.facebook





domingo, 17 de junho de 2012

Neurofeedback e Dislexia


Neuroterapia para Dislexia



Uma faixa de 10 a 15% da população mundial é constituída por pessoas com Dislexia. Na Dislexia e em outros distúrbios da aprendizagem na área da leitura, escrita e cálculo, o desempenho se encontra muito abaixo do esperado para a idade, o nível de escolaridade e intelectual.

Com o avanço da Neurociência, está havendo uma com-preensão maior dos circuitos cerebrais envolvidos na Dislexia.


Pesquisas realizadas com exames de Eletroencefalograma de crianças, que apresentam este transtorno, revelam um funcionamento inadequado das ondas cerebrais em algumas áreas do cérebro. Em muitos casos, este exames detectaram um excesso de ondas lentas (teta) e uma atividade abaixo do normal das ondas alfa.

O tratamento da Dislexia por Neurofeedback consiste na normalização do funcionamento de certas regiões do cérebro e no estabelecimento de circuitos cerebrais mais eficientes. Os resultados obtidos com esta terapia evidenciam melhorias consideráveis ao nível da compreensão e da velocidade da leitura.

As perturbações da aprendizagem, em vários casos, estão ligadas à Hiperatividade e ao Déficit de Atenção, podendo serem tratadas em conjunto com o Neurofeedback.

Fonte; http://www.neuroterapia.com.br/dislexia-neurofeedback.html

terça-feira, 5 de junho de 2012

projeto de lei nº 1.225/11, Prevenção e Conscientização do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).





Dois projetos de autoria do deputado Hildo do Candango (PTB) podem ser votados pelo plenário nesta terça-feira,10.

Uma das propostas aptas para votação em plenário é o projeto que altera a Lei de n° 13.898, de julho de 2001, que concede passe-livre às pessoas portadoras de deficiência e meio-passe para os estudantes do ensino superior no sistema de transporte coletivo intermunicipal.







O plenário da Assembleia Legislativa pode aprovar também em primeira votação o projeto de lei nº 1.225/11, também de autoria do deputado Hildo do Candango, que institui a Campanha Estadual de Prevenção e Conscientização do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).

Pela proposta do deputado, a data será instituída no Calendário Oficial do Estado na primeira semana do mês de agosto. As Secretarias de Estado de Saúde e de Educação e os Conselhos Tutelares ficariam responsáveis pela realização das atividades, que devem incluir palestras, exposições, apresentação de estudos e pesquisas na área, divulgação, e realização de dinâmicas.

Segundo o deputado Hildo do Candango, esse tipo de transtorno prejudica principalmente crianças e adolescentes que estão estudando.

"Com a lei aprovada queremos que esse tema seja discutido nas escolas, hospitais, instituições da sociedade civil e órgãos públicos, de forma que o assunto possa ser popularizado, possibilitando que o problema seja descoberto o quanto antes, para tentar evitar maiores prejuízos no aprendizado", justifica o deputado.




Fonte: Assessoria de Imprensa

Gabinete: Hildo do Candango
Fonte:http://assembleia.go.gov.br/noticias/ver/id/108680/tipo/gabinete

Pronto para voto em Plenário projeto que institui Semana de Prevenção à Hiperatividade





O Plenário da Assembleia Legislativa pode aprovar em primeira votação, na próxima semana, o projeto de lei nº 1.225/11, de autoria do deputado Hildo do Candango (PTB), que institui a Campanha Estadual de Prevenção e Conscientização do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).

De acordo com a matéria, a data seria instituída no Calendário Oficial do Estado na primeira semana do mês de agosto. As Secretarias de Estado de Saúde e de Educação e os Conselhos Tutelares ficariam responsáveis pela realização das atividades, que devem incluir palestras, exposições, apresentação de estudos e pesquisas na área, divulgação, e realização de dinâmicas.

Segundo o parlamentar, sua iniciativa se dá pelo fato de esse tipo de transtorno prejudicar inúmeras pessoas, sobretudo crianças e adolescentes em idade escolar. “A desinformação sobre este transtorno culmina na punição dos educandos por parte dos docentes e dos profissionais da Educação, que os rotulam como bagunceiros e encrenqueiros”, justificou o deputado.

Assim, de acordo com Hildo do Candango, o objetivo do projeto é disseminar informações, estudos e pesquisas sobre o TDAH nos ambientes escolares, hospitalares, instituições da sociedade civil e demais estabelecimentos e órgãos públicos.
Fonte:http://assembleia.go.gov.br/noticias/ver/id/108617/tipo/geral

Déficit de atenção atinge 10 milhões de brasileiros

 
06/02/2012 - Senado

   

Uma turma com 20 crianças tem pelo menos uma com TDAH, segundo índices constatados pela Organização Mundial da Saúde e confirmados por pesquisas no Brasil, apontando a doença em cerca de 5% da população

Marcio Maturana

O filho de Jacineide Pereira de Souza aumentava as preocupações da mãe neste período de volta às aulas. Ela mesma conta que, desatento e "respondão", ele nunca fazia o dever de casa e saía de sala a toda hora. Como 10 milhões de brasileiros, o menino tem transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Repetiu a 5ª série duas vezes, abandonava cursos, não concluía tarefas, não sossegava. Até que Jacineide descobriu que se trata de doença que também atinge seu pai, sua irmã e dois de seus sobrinhos. A herança genética é o principal fator determinante para o TDAH, que não tem cura, mas tem tratamento.

— Hoje é mais fácil identificar esse transtorno, principalmente em meninos. Antes, adultos sofriam acidentes de trânsito frequentes e não sabiam a razão. O diagnóstico muda completamente a vida da pessoa — afirma o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, Antonio Geraldo da Silva.

Há três tipos principais de TDAH: com predomínio da desatenção, com predomínio da hiperatividade-impulsividade, e o combinado. A dificuldade em manter a atenção é encontrada nos três casos.

O problema acontece devido a falhas nos neurotransmissores da região frontal do cérebro, e o diagnóstico é feito em entrevista com o médico. Exames são apenas complementares, como explica o psiquiatra Paulo Mattos, autor do livro No Mundo da Lua, sobre déficit de atenção:

Existem doenças que você tem ou não tem, e isso um exame detecta. É o caso de Aids, câncer ou hepatite. Mas há doenças que você tem quando passa de um certo grau, como diabetes. Por isso, todos apresentamos um ou outro sintoma de TDAH. Eu ficaria preocupado se encontrasse alguém que não tem nenhum sintoma.

Acidentes e perdas

Em adultos, o transtorno parece mais brando porque a pessoa cria mecanismos de defesa, segundo o professor Moacir Alfran, que atende o filho de Jacineide e outros 15 estudantes no Centro de Ensino Fundamental do Bosque, em São Sebastião (DF).

— Por volta dos 18 anos, o portador de TDAH já desenvolveu alguns truques, como conversar escrevendo, mas antigamente até se pensava que essa doença acabava na adolescência — diz Moacir.

A publicitária Ana Clara Rocha, 31 anos, confirma o que Moacir fala sobre truques. Ela conta que só recentemente leu um livro com dicas sobre como conviver com o TDAH, pois recebeu o diagnóstico há apenas dois anos. Mas os truques não resolvem tudo.

Em 2011 bati o carro seis vezes e perdi quatro celulares. Como a família já me conhece, fico mais desconfortável em novos ambientes, onde logo passo a chamar atenção pelo excesso de movimentos ou por fazer muito barulho. Mas o pior é no trabalho, onde as pessoas têm que falar comigo umas três vezes até eu assimilar. Minha chefe anterior, brincando, deixava um tubo de cola na cadeira como se fosse para me grudar e eu ficar quieta por um tempo.

Ana Clara revela que já passou por crises de síndrome do pânico e de transtorno bipolar. São duas comorbidades, distúrbios associados que são desenvolvidos pela maioria das pessoas que têm TDAH. Muitas vezes elas dificultam o diagnóstico e geralmente exigem medicação própria. Podem ser até mais graves que a doença básica.

TOC e dislexia

Durante a vida de quem tem TDAH, pode haver desaparecimento de algumas comorbidades e surgimento de outras, mas as mais comuns são os transtornos de conduta, de ansiedade, opositivo-desafiador, depressivo e de humor bipolar. Com menos frequência, há também os transtornos obsessivo-compulsivo (TOC), de aprendizagem (dislexia, disfonia, discalculia, disgrafia etc), de tiques, de ciclo do sono e de uso de substâncias químicas. Esse último, aliado ao transtorno de conduta, é um grave risco para adolescentes.

— Sem acompanhamento e longe da escola, quem tem TDAH vira presa fácil das drogas, pois elas mexem com os neurotransmissores. E o traficante adora porque vê a possibilidade de aliciar um cúmplice ativo e sagaz — alerta o professor Moacir.

Por isso, a família, logo que conhece o diagnóstico e inicia o tratamento, deve se informar o máximo para saber a melhor forma de agir, como recomenda Iane Kestelman, presidente da Associação Brasileira do Déficit de Atenção. Ela tem um filho com TDAH e conta que praticamente toda a equipe da associação é composta por portadores da doença, parentes ou médicos e psicólogos voluntários.

O que Iane indica tem dado certo com o filho de Jacineide. Hoje, sob tratamento, ele tem conseguido ótimos resultados na oitava série e conquista medalhas de judô.

Professor Moacir ouve a história de Jacineide, junto com um sobrinho que tem TDAH

Jornal do Senado
(Reprodução autorizada mediante citação do Jornal do Senado)Fonte:http://www12.senado.gov.br/noticias/jornal/edicoes/2012/02/07/deficit-de-atencao-atinge-10-milhoes-de-brasileiros

Provas escolares devem ser feitas em sala separada

06/02/2012 - Senado
Provas escolares devem ser feitas em sala separada
Estudantes com TDAH devem assistir às aulas normalmente com colegas, mas precisam de algumas atenções especiais. Provas, por exemplo, habitualmente são feitas em sala separada, pois ver os colegas entregando a avaliação antes mesmo que ele comece a responder geralmente faz com que o aluno com TDAH entregue sua prova também, mas com tudo em branco.
 A diretora de Políticas de Educação Especial do Ministério da Educação, Martinha Clarete Dutra, diz que, em 2008, o ministério fez um grupo de trabalho com representantes da sociedade que elaborou diretrizes para ensino de alunos com TDAH e outros transtornos. O documento final foi encaminhado às secretarias de Educação de todo o país.
 — A orientação é garantir a todos o acesso à aprendizagem, sem estigmatizar ninguém e colocando as famílias dentro do processo, mas lembrando que questões clínicas cabem às políticas de saúde, e não à educação — adverte Martinha.
 A presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), Amábile Pacios, acrescenta que cada escola tem uma forma de atender.
 — A lei garante diferenciação na proposta pedagógica de cada instituição de ensino. Para quem tem TDAH, pode-se disponibilizar um "ledor" ou até alguém que escreva.
A escola pode pedir à família que envie acompanhante, já que muitas crianças assim sentem necessidade de sair de sala a cada 15 minutos — diz Amábile.
 Segundo ela, todas as escolas brasileiras têm condição de dar o suporte necessário aos alunos com TDAH. Não é o que pensa Luis Claudio Megiorin, coordenador da Confederação Nacional das Associações de Pais e Alunos.
 — Muitas escolas dizem que fazem educação inclusiva, mas não têm especialistas, não têm assistência pedagógica, não investem nessa área. Outras vão levando de forma meio improvisada, no estilo "ok, deixa ele aí". Queremos inclusão de forma técnica, responsável — reivindica Megiorin.
Teste para identi- car indícios de TDAH em crianças
Jornal do Senado
(Reprodução autorizada mediante citação do Jornal do Senado)

Fonte:http://www12.senado.gov.br/​noticias/jornal/edicoes/2012/​02/07/​provas-escolares-devem-ser-feit​as-em-sala-separada