quarta-feira, 1 de setembro de 2010

PORQUE A ESCOLA PODE SER O PIOR PESADELO DO TDAH

Se para muitos alunos sem qualquer transtorno que interfira na aprendizagem a escola pode ser um pesadelo, imagine para aqueles que possuem TDAH, dislexia, dislalia, discalculia e, assim por diante.
Manter-se atento, concentrado e possuir perfeita coordenação de seu tempo já é uma tarefa bem difícil para qualquer criança ou adolescente, uma vez que, seu interesse pode voltar-se para diversas atividades como, video game, televisão, música, bonecas, futebol, etc. Mas estudar, com certeza não é uma das tarefas prediletas.
E aí vem a questão: como esse aluno consegue se concentrar em frente ao computador ou televisão e não consegue parar para estudar?
É simples, pois alguns de nós não gostam de matemática, outros de história, outros de redação, enfim, sempre há uma ou outra disciplina com a qual não nos identificamos, um professor do qual não gostamos da metodologia, ou seja, não somos capazes de aprender tudo e temos a tendência a aprender melhor aquilo que gostamos ou que nos desperta o interesse, sendo portador ou não de algum transtorno.
Então porque para o TDAH a escola pode ser um grande pesadelo?
A resposta está em vários fatores: a infra-estrutura da escola, falta de capacitação profissional, mas talvez o principal motivo seja o método de ensino e avaliação. O aluno com déficit de atenção precisa ser estimulado constantemente, precisa achar interesse naquilo que faz e uma opção que passa desapercebida em muitas instituições de ensino é o fato de associar ao processo de ensino-aprendizagem aquilo que causa interesse a esse aluno ao conteúdo escolar, por exemplo, trabalhar a matemática através de jogos, usar blog para trabalhar redação e muitas outras opções.
E no que diz respeito à avaliação, dependendo do tipo de transtorno e grau também fazer adaptações. Certamente, o objetivo é a inclusão, portanto, a única forma de avaliar não é fazer uma avaliação distinta dos demais e, sim buscar métodos avaliativos capazes fazer com que o aluno acompanhe a turma, por exemplo, se o aluno tem dificuldade de leitura e interpretação dê um tempo maior para a realização da avaliação ou aplique paralelamente à prova escrita uma avaliação oral.
O importante ´que o aluno sinta confiança na escola e no professor e não se sinta inferiorizado, pois caso contrário, ao invés de melhorar seu rendimento a escola não será nada motivadora.

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