segunda-feira, 28 de maio de 2012

domingo, 6 de maio de 2012

TDA/H e Neurofeedback

domingo, 6 de maio de 2012
A maior parte de pedidos de informações que recebemos através de nosso site diz respeito a um transtorno que cada vez mais simboliza nossa modernidade: Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDA/H. Muito se tem publicado a respeito. Uma simples pesquisa realizada em sites de busca na internet traz endereços e artigos especializados, bastante esclarecedores e instrutivos. Podemos perceber que a discussão sobre a forma de abordagem dos sintomas deste transtorno tem gerado controvérsias. Investimentos e campanhas milionários são realizados pela indústria farmacêutica para chegar próximo à solução do transtorno. Por outro lado famílias e portadores buscam soluções menos invasivas para o problema, visto que dentre as pessoas que se utilizam de medicações existem aquelas que evidenciam efeitos colaterais indesejados e desconfortáveis. Pretendemos neste post colocar, de forma sucinta, como o Neurofeedback aborda o problema do TDA/H. O Neurofeedback tem como base o funcionamento elétrico do cérebro (as medicações têm seus princípios estabelecidos sobre o funcionamento químico). Para o Neurofeedback o foco do trabalho está em identificar em que frequência os neurônios pulsam por região e como isso se reflete no comportamento. No nosso site (http://www.institutoneurofeedback.com.br/#perguntas) você tem um breve descritivo das freqüências cerebrais e os estados mentais que lhes são correspondentes. Cérebro sem TDA/H De uma forma geral, quando apresentamos uma tarefa de ordem atencional (leitura, cálculo, ouvir uma história, escrever uma redação, etc.) a uma pessoa não portadora de TDA/H o que se percebe é o aumento da freqüência Beta, principalmente na região frontal do cérebro. Esta região controla como as informações advindas do meio ambiente são processadas e transformadas em respostas. Está envolvida no planejamento, execução e análise das atividades, bem como as correlaciona com o comportamento futuro e suas conseqüências. É o centro executivo do cérebro, organizando e selecionando nossas respostas às demandas do cotidiano. Neste sentido Beta se faz necessária na tarefa porque esta região exigirá maior velocidade para o processamento das informações e este processamento gerará uma atitude, um comportamento ou, até mesmo, uma inibição ou adiamento de impulso. Por exemplo, quando temos uma tarefa à qual não estamos muito afeitos, temos de ter a capacidade de frear o impulso de largar tudo e andar de bicicleta no parque. Devemos de ter a capacidade de adiar a satisfação que um passeio ao ar livre nos daria e enfrentar a tarefa que nos espera. Então, quando este sistema não está funcionando apropriadamente não podemos esperar que os comportamentos sejam adequados. Cérebro com TDA/H O que as pesquisas apontam é que um cérebro com TDA/H aciona indevidamente algumas freqüências em determinadas regiões cerebrais. No momento da atividade, onde esperamos uma maior velocidade do cérebro, visto que ele vai ser exigido na execução de uma tarefa, o cérebro lentifica, ou seja, reduz sua velocidade, elevando a penetração e dominância de freqüências da banda Theta (4-7hz). Como percebemos isso no comportamento? A pessoa inicia sua tarefa com alguma disposição e logo cansa, comumente se distrai com qualquer estímulo do meio externo, viaja em seus próprios pensamentos, ou seja, perde o foco na atividade. Se o quadro é composto com hiperatividade, percebemos uma agitação psicomotora, que impedirá a pessoa de aquietar-se para a tarefa. Neste caso, além de desfocar haverá o componente motor no comportamento, a pessoa se agita, não pára quieta, passa de uma atividade a outra, ou seja, o corpo age a distração. O treinamento Com o treinamento em Neurofeedback a pessoa aprenderá a controlar e trabalhar com suas frequências cerebrais, otimizando a distribuição destas pelo cérebro e, com isso, melhor adequando seus esforços em relação às tarefas cotidianas. As atividades programadas em seu treino estarão vinculadas à produção de determinadas frequências e inibição de outras em regiões específicas do cérebro. Ou seja, tais atividades funcionarão somente na medida em que as freqüências cerebrais estejam dentro da faixa esperada para a região/atividade. As faixas exatas das freqüências a serem treinadas serão estabelecidas a partir da avaliação que é parte do procedimento inicial do Neurofeedback. Isto porque embora o TDA/H seja a nomenclatura para um problema geral, cada cérebro tem suas peculiaridades que só será possível perceber através da avaliação inicial, que no Instituto Neurofeedback é feita através do sistema TLC Inc. (http://www.brain-trainer.com/). Se você quer saber mais sobre o processo do Neurofeedback e os passos para iniciar o treinamento acesse: http://www.institutoneurofeedback.com.br/#neuro3 Fonte:http://institutoneurofeedback.blogspot.com.br/2012/05/tdah-e-neurofeedback.html?spref=fb

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Adulto com TDAH?

Quando se fala em Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) logo se relaciona o problema com crianças. Mas os adultos também podem sofrer do transtorno que, geralmente, é um seguimento do que vivenciou na infância. Entretanto, quando na fase adulta, a pessoa que sofre com a questão pode até mesmo ser discriminada. No trabalho e na aula, por exemplo, a dificuldade em se concentrar pode ser motivo de afastamento dos colegas e do ser taxado como mau aluno ou mau profissional. Saber identificar o problema pode ser a chave para procurar um tratamento e evitar reflexos no trabalho e nos estudos. Por isso, o Medicina & Saúde conversou com o psicólogo Vinícius Thomé Ferreira. Medicina & Saúde - Como identificar a pessoa com este transtorno?
Vinícius Thomé Ferreira - O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é um quadro composto por dois elementos: um deles é o déficit, a falta de atenção para as atividades rotineiras, as quais uma criança, adolescente ou adulto teriam uma atenção normal. O outro é a hiperatividade, ou seja, o comportamento motor acelerado. A pessoa "não para", tem um comportamento bastante agitado e parece ter uma energia inesgotável. Entretanto, esta energia não está sendo bem canalizada. Se a pessoa conseguisse transformá-la em algo útil no trabalho, relações sociais ou familiares seria melhor, mas o transtorno existe justamente porque há uma agitação sem produtividade de nenhum tipo. M&S – Nesses casos, o que predomina: o déficit ou a hiperatividade? VTF - Existem pessoas que podem ter o transtorno apresentando o déficit de atenção como sintoma predominante, outras a hiperatividade e outras ainda que apresentam tanto a desatenção quanto a hiperatividade. No caso de adultos com hiperatividade predominante, mostram-se agitadas, começando mil coisas sem terminá-las, sempre buscando algo novo sem terminar o que iniciou. No caso de desatenção predominante, há uma queixa de não estar com a cabeça no trabalho, tem dificuldades para manter o foco em uma atividade, e pode se queixar também de falta de energia. Qualquer ruído, gesto ou movimento tira a atenção da pessoa para o que estava fazendo, não foca em detalhes da tarefa, não presta atenção quando a chamam para algo e pode mesmo evitar tarefas que exijam esforço mental. O tipo misto, finalmente, combina sintomas destes dois tipos, desatenção e hiperatividade. M&S - Um adulto com TDAH necessariamente passou pelo mesmo problema na infância? VTF - A TDAH em adultos é geralmente uma continuidade dos sintomas apresentados na infância e na adolescência. Assim, o adulto que apresenta sintomas é porque geralmente já os tinha no passado. Isso não quer dizer que fatalmente quem teve TDAH na infância ou adolescência terá na idade adulta, pois este quadro tende a ser atenuado com o tempo, com os sintomas reduzindo ou desaparecendo até a idade adulta em boa parte das situações. M&S - Normalmente o convívio em grupo é difícil? VTF - Os sintomas da TDAH não favorecem muito o convívio em grupo. Talvez em festas uma pessoa com hiperatividade possa até ser popular e requisitada, mas no cotidiano, ter um comportamento hiperativo não é interessante, como não é interessante ter nenhum comportamento fora do controle da pessoa. No caso da desatenção, os prejuízos nas relações de trabalho podem ser os piores, sendo a pessoa tachada como distraída, esquecida, etc. M&S - Existem tratamentos eficazes para combater este comportamento? O uso de medicamentos é indicado? VTF- Pode ser necessário o uso de medicamentos, para reduzir o comportamento hiperativo e para aumentar a atenção. Mas como já pontuamos várias vezes, somente o tratamento medicamentoso não é suficiente, é necessário um acompanhamento com psicólogo para que a própria pessoa e sua família possam identificar e alterar o comportamento. Quando falamos em transtornos mentais, o tratamento exclusivo com medicação é incompleto, sendo a psicoterapia fundamental para o combate eficaz dos sintomas. Para isso precisa uma boa orientação do médico no encaminhamento e que o paciente e sua família compreendam o importante papel da psicoterapia no quadro. M&S - De que maneira os familiares podem auxiliar a pessoa com transtorno? VTF - Sendo muito bem orientadas e compreendendo que os comportamentos que o paciente têm não são de "revolta", "preguiça", "má-vontade" ou "burrice". Os sintomas do paciente são situações que podem ser tratadas, e a família possui um papel central ao compreender que o paciente não está bem, e que precisa de atenção profissional. Um erro muito comum das pessoas, e dos familiares, está em achar que um transtorno mental é um problema de caráter, preguiça ou má-vontade. Não é. Somente quando a família tem a adequada compreensão para compreender o que o seu membro possui, tem condições de auxiliá-lo de verdade. Com o TDAH é a mesma coisa: é necessário informação e boa vontade da família para seguir as orientações do profissional. Colaborou Vinícius Thomé Ferreira, psicólogo Fonte:http://www.onacional.com.br/noticias/SecaoEspeciais_10/27074