sábado, 22 de setembro de 2012

PL sobre o tratamento e diagnóstico da dislexia e TDAH

Ter, 04 de Outubro de 2011 00:00









Mara Gabrilli tenta negociar com Governo para que PL retorne à pauta da Comissão de Educação e Cultura. Leia nota de esclarecimento da deputada.

Integrante da Comissão de Educação e Cultura e relatora do projeto de lei 7.081 de 2010, que dispõe sobre o diagnóstico e tratamento do TDAH e da dislexia, a Deputada Federal Mara Gabrilli tenta negociar com o Governo, através dos Ministérios as Saúde e da Educação, para que PL possa ser votado pela Comissão pertinente. Leia abaixo o parecer da parlamentar.

"O Projeto de Lei 7.081 de 2010, que trata do diagnóstico precoce, tratamento e atendimento educacional especializado para jovens e crianças com dislexia e TDAH, não foi vetado. Para ser vetado, ele teria que já ter sido aprovado na Câmara e no Senado e, ai, seguiria para sanção da Dilma ou veto da Dilma. O Governo, através dos Ministérios da Saúde e da Educação, vem se manifestado contrário ao projeto, mas isso não significa seu veto.
O relatório foi apresentado na Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados, votando pela aprovação do Substitutivo da Comissão de Seguridade Social e Família, apresentado pela Deputada Rita Camata. Vale dizer que sou favorável ao Projeto como ele está.
Na data da apresentação do relatório o deputado da base governista, Nazareno Fontelles, pediu vistas e posteiormente apresentou um voto em separado, pela rejeição do projeto. O voto do Deputado Nazareno acata os argumentos do Conselho Federal de Psicologia, que é contrário ao Projeto por acreditar, entre outros argumentos, que a dislexia e o TDAH não existem, que o projeto de Lei é fruto indireto do lobby da indústria farmaceutica e que o projeto seria um indutor da medicalização de crianças.
Certamente um fator central para o posicionamento do Deputado Nazareno (explicitado em sua fala já na semana em que a Mara apresentou seu voto) é o fato de o Projeto de Lei prever a constituição de equipes multifuncionais e outras medidas que implicariam gastos para o Poder Público. Em seu voto em separado, entretanto, não se faz referência a essas questões.
Fizemos na última semana uma reunião com representantes dos Conselhos Federais de Psicologia e de Fonoaudiologia (este último favorável ao projeto), representantes dos Ministérios da Educação e da Saúde, além dos gabinetes do Deputado Nazareno Fontelles e Waldir Maranhão.
Na reunião identificou-se alguns problemas na redação do Projeto que de fato deverão ser corrigidas, bem como alguns obstáculos conceituais que parecem ser um problema para a adesão do Governo ao projeto. Esses obstáculos podem ser transponíveis. Para tanto, estabelecemos que os dois ministérios (MEC e Saúde) irão trabalhar o texto do projeto, para apresentar suas propostas de alteração.
Neste momento estamos aguardando esse retorno dos Ministérios. Isso poderá demorar algumas semanas (talvez mais de um mês). A partir da manifestação dos dois Ministérios deveremos analisar se é possível equacionar suas demandas ao texto do Projeto, na forma de um novo Substitutivo, ou se simplesmente não há espaço para construção de um novo texto que agrade a todos. Neste último caso o projeto deverá ir a votação na Comissão da maneira como está (apenas com aquelas correções necessárias já identificadas) donde será aprovado ou rejeitado.
De toda forma, é provável que para se discutir o MÉRITO do projeto (a existência ou não dos distúrbios que ele identifica e a abordagem que ele oferece) ocorrá uma Audiência Pública da Comissão de Educação. Ainda não há qualquer previsão para quando essa audiência poderá ocorrer.
De toda forma, eu, como relatora do projeto na Comissão de Educação e Cultura - não pretende desconfigurar o projeto com alterações no texto que o torne inócuo.

Apenas após as negociações com o Governo é que o projeto retornará para a pauta da Comissão de Educação e Cultura, oportunidade em que será deliberado pela aprovação ou rejeição".
Mara Gabrilli
Deputada Federal PSDB/SP


Importante:

É indispensável que a sociedade civil organizada envie emails aos Srs. e Sras. deputados membros da Comissão de Educação, pedindo a aprovação nos termos do voto da deputada Mara Gabrilli, e contrariamente ao voto do Deputado Nazareno.

A lista dos membros está disponível aqui
Você também pode conferir a redação do projeto e acompanhar sua tramitação, clique aqui

Deputada Mara protocola Relatório de PL e participa de Congresso Internacional e IV Encuentro Latinoamericano del TDAH no Rio de Janeiro
A deputada Mara Gabrilli marcou presença no V Congresso Internacional da ABDA e IV Encuentro Latinoamericano del TDAH que aconteceram juntos nos dias 4 e 5 de agosto, no Rio de Janeiro. No evento organizado pela Associação Brasileira de Déficit de Atenção, em parceria com a Liga Latinoamericana del TDAH, a deputada falou de seu envolvimento com a melhoria da educação e sobre o relatório que apresentou, em 3 de agosto, sobre o PL que dispõe sobre o diagnóstico e tratamento da dislexia e do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade na educação básica.
"As pessoas que têm uma deficiência lêem de forma diferente, se comunicam de forma diferente, andam de forma diferente. Essa é a riqueza da diferença que pode ser transformada em potencialidade e em habilidades", afirmou a deputada Mara Gabrilli. “O TDAH por não ser visível como é a minha deficiência pode ser extremamente excludente. Além disso, temos ampla legislação que garante os direitos das pessoas com deficiência, mas as crianças e jovens com TDAH ou dislexia ficam mais desamparadas.”

“A Educação é, entre todas as políticas públicas de inclusão social, a que tem maior poder de transformação e garante avanço do desenvolvimento humano, social e econômico da sociedade”, afirmou Mara Gabrilli. “Por isso, instituir uma política de atenção ao TDAH e a dislexia nas escolas é fundamental já que o diagnóstico precoce permite uma maior integração com colegas e professores.”

O Relatório da deputada para o PL 7.081 de 2010, que dispõe sobre o diagnóstico e tratamento da dislexia e do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade na educação básica, contou com a colaboração de consultores da Câmara, especialistas e representantes de entidades interessadas, como a ABDA. “Equipes multidisciplinares composta por psicólogos, psicopedagogos, médicos e fonoaudiólogos farão o diagnóstico. Queremos que as escolas assegurem aos alunos com dislexia e TDAH acesso aos recursos didáticos adequados ao desenvolvimento de sua aprendizagem. Ao mesmo tempo, queremos garantir o apoio aos professores capacitando-os sobre como identificar e abordar nas aulas os alunos que tenham os distúrbios”, explicou Mara Gabrilli.

Acompanhe aqui

O fórum TDAH, Legislação e Inclusão, que teve o intuito de debater leis específicas para inclusão que assegurem os direitos dos portadores de TDAH, foi moderado pela Presidente da ABDA, Iane Kestelman, e contou com a presença, além da deputada Mara Gabrilli, do deputado federal Dr. Aluízio, do desembargador Antonio Carlos Malheiros, Coordenador da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça de São Paulo, e do presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, Antonio Geraldo da Silva. O Congresso teve como tema “TDAH um compromisso de todos” e reuniu palestrantes nacionais e internacionais nos mais variados temas para médicos, psicólogos, profissionais de educação e saúde e portadores de TDAH e seus familiares.
Fonte:http://maragabrilli.com.br/federal/destaque/1390-tdah-e-dislexia

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Michael Phelps, portador de TDAH, é o maior ganhador de medalhas das Olimpíadas.

Sex, 03 de Agosto de 2012 18:12 Escrito por ABDA
Michael Phelps, ao conquistar a sua 19ª medalha olímpica nos jogos de Londres 2012, tornou-se o maior atleta de todos os tempos nos Jogos Olímpicos, batendo o recorde anterior que pertencia a Larissa Latynina, ginasta russa, que detinha um total de 18 medalhas.

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Muito antes de se tornar um herói americano, Michael Phelps experimentou uma vida sob uma perspectiva muito mais sofrida. Ele foi alvo de desprezo, rejeição e, pior, de bullying.

Já nos tempos de ensino médio em Baltimore, o jovem Phelps era um menino hiperativo, que sofria com o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), e tinha orelhas de abano. Ele foi um alvo para bullying em uma idade, que para sua mãe, era extremamente difícil.

Sua mãe, Debbie, diz que Phelps usava boné o tempo inteiro, em parte para tentar esconder o tamanho de suas orelhas. Não adiantava. Os outros meninos esmagavam suas orelhas e debochavam dele.

Aos 9 anos, Michael foi diagnosticado com déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), uma condição mental que afeta cerca de quatro milhões de crianças e adolescentes nos Estados Unidos.

Com a ajuda de tratamento - terapia medicamentosa e psicoterapia - com o apoio de sua mãe, Michael foi capaz de canalizar suas energias para a natação, tornando-se o mais jovem titular do sexo masculino nos esportes modernos, aos 15 anos de idade.

Durante as competições, Michael é a personificação de precisão, técnica e disciplina na piscina, onde quebra recordes mundiais. Mas quando criança, Michael sofreu com a falta de concentração, que afetou o seu desempenho escolar e foi motivo de queixas e inúmeras reclamações dos professores.

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Debbie Phelps, mãe de Michael Phelps, é atualmente ativista na comunidade ADHD MOMS, Mães de Filhos com TDAH , uma comunidade online e que oferece suporte e recursos para mães de crianças com TDAH. http://addmoms.com/

A orgulhosa mãe de Michael Phelps recentemente conversou sobre os desafios que ela enfrentou ao levantar seu filho famoso até o pódio como o maior atleta da história das Olimpíadas.


quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Tratamento com células-tronco abre caminho para a cura da surdez

AUDIÇÃO - 12/09/2012 19h06- Atualizado em 12/09/2012 19h06

Pesquisa britânica conseguiu transformar células-tronco em células auditivas. O experimento foi capaz de recuperar significativamente a audição de roedores com esta deficiência

REDAÇÃO ÉPOCA COM AGÊNCIA EFEOuvida (Foto: SXC)

Cientistas da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, desenvolveram um tratamento baseado na aplicação de células-tronco para combater a surdez. O estudo, publicado no periódico científico Nature, abre um importante caminho para futuros tratamentos da deficiência.
Com o experimento, já é possível afirmar teoricamente que "as células embrionárias podem ser empregadas para reparar um ouvido danificado", afirmou o pesquisador argentino Marcelo Rivolta, que coordenou o estudo.
A pesquisa consistiu em induzir células-tronco embrionárias humanas a se transformarem em células auditivas. Esta primeira descoberta, segundo Rivolta, é "muito positiva", pois se trata de "uma fonte praticamente inesgotável para produzir células do ouvido sob demanda".
Numa segunda fase, o estudo procurou comprovar se as células do ouvido funcionariam quando fossem transplantadas para um animal com problemas auditivos. Os cientistas utilizaram como cobaia um gerbilo, uma espécie de roedor com um aparelho auditivo mais parecido com o dos humanos do que os ratos.
Quando os pesquisadores transplantaram as células progenitoras para os animais que sofreram lesões no nervo auditivo, elas substituíram os neurônios perdidos, reconectaram-se e mostraram uma recuperação funcional significativa.
O estudo ressalta que essa habilidade para restaurar a funcionalidade neuronal auditiva poderia abrir as portas para um futuro tratamento para a surdez baseado em células-tronco. Para Rivolta, a técnica poderia ter um potencial uso terapêutico em um amplo número de pacientes se for empregada em combinação com os implantes cocleares (dispositivo eletrônico que ajuda a restabelecer a audição).
Fonte:http://revistaepoca.globo.com/Saude-e-bem-estar/noticia/2012/09/tratamento-com-celulas-tronco-abre-caminho-para-cura-da-surdez.html

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Prevenção de distúrbio ajuda na alfabetização matemática, diz britânica

 

                 

Para Karima Esmail, discalculia deve ser diagnosticada na infância.
Distúrbio neurológico prejudica a aprendizado em matemática.

Ana Carolina MorenoDo G1, em São Paulo31/08/2012 11h26


 
 
A britânica Karime Esmail estuda a discalculia (Foto: Ana Carolina Moreno/G1)
A britânica Karima Esmail estuda a discalculia
(Foto: Ana Carolina Moreno/G1)
Não bastassem as dificuldades já conhecidas dos estudantes em aprender matemática - no Brasil estudos mostram que 57% dos alunos do 3º ano do ensino fundamental não sabem o esperado para a idade deles - um distúrbio neurológico dificulta ainda mais o aprendizado desta disciplina: a discalculia. Especialista no assunto, a pesquisadora britânica Karima Esmail destaca que a falta de diagnóstico das dificuldades específicas de aprendizagem em matemática pode trazer prejuízos em longo prazo aos alunos.
Tão importante quanto aprender a ler e escrever no idioma nativo, a alfabetização matemática pode influir na autoestima da criança e ajudá-la no desenvolvimento escolar e na integração social, diz Karima. Professora universitária formada em engenharia química, começou a pesquisar as dificuldades de aprendizagem ao se envolver nos estudos dos próprios filhos.
"Sou uma mãe ambiciosa", explicou ela, que ajudou sua filha a se preparar para um exame de avaliação aplicado em todas as crianças do país na idade de 7 anos. "Muitas vezes os professores não têm como pegar exatamente onde o aluno tem dificuldade", afirmou. "Quando se descobre em que área ele vai pior, espera-se que ele recupere o atraso de vários anos."
Ela estima que, no Reino Unido, em média duas crianças por sala de aula sofram de dificuldades agudas em matemática. Na população total do país, 6% teriam um distúrbio conhecido como discalculia, que pode ser adquirida ou relacionada ao desenvolvimento. Quem sofre do distúrbio tem, entre outros, problemas com a conservação da memória matemática, reconhecimento dos valores das moedas e a diferenciação entre significados e medidas.
Um exemplo a comparação entre um bloco grande com o dígito 2 escrito ao lado de outro pequeno com o dígito 8 escrito. Ao ser perguntado sobre qual número é maior, quem tem esse sintoma vai apontar para o 2. Ao todo, a pesquisadora identificou 27 sintomas de dificuldades na aprendizagem, incluindo a ansiedade que faz com que o aluno tenha pouca confiança em si.
Exercício de software para ajudar crianças com dificuldades (Foto: Ana Carolina Moreno/G1)
Exercício de software para ajudar crianças com dificuldades (Foto: Ana Carolina Moreno/G1)
Ela alerta, porém, que a dificuldade pode ter diversas causas e não existe tratamento ou remédio, principalmente no caso de crianças. "Mas existem medidas preventivas para estimular a aprendizagem", afirma Karime. Na discalculia, o lado do cérebro responsável pelos códigos numéricos pode ter menos células e fazer menos conexões. Mas, segundo Karima, muitos pesquisadores têm estudado como o desenvolvimento dos neurônios é grande durante os seis primeiros anos de vida, e continua até os 14, dependendo das atividades que o estimulem, e como o cérebro aprende matemática.
Tecnologias aplicadas na sala de aula podem ajudar a contornar as dificuldades dos estudantes com desempenho abaixo da média. Karima lançou, em 2008, o programa Dynamo Math, que auxilia professores com planos de aula, jogos interativos e exercícios de reforço e avaliação abordando módulos específicos dos conteúdos mais básicos do currículo escolar britânico. Com 240 módulos de aulas individuais com 15 minutos de duração, o programa, em fase de tradução para o português, pode ser usado em crianças nos primeiros anos do ensino básico, inclusive alunos com necessidades especiais como o autismo.
Para ela, o esforço de diagnosticar e avaliar casos de dificuldade de aprendizagem deve ser conjunto entre pais e professores, e a intervenção deve ser individualizada. "É preciso tentar de todas as formas acender as conexões neurais. Todas as crianças devem saber somar. A questão é identificar as dificuldades e enfrentar o problema para cortá-lo na raiz", afirma Karima. A pesquisadora está no Brasil a convite do Instituto ABCD e do Instituto Cefac. Ela deu uma palestra na quinta-feira (30) para professores e gestores escolares no Cefac, e participará neste sábado (1º) do Congresso Internacional da Saúde da Criança e o Adolescente, em São Paulo.
Fonte:http://g1.globo.com/vestibular-e-educacao/noticia/2012/08/prevencao-de-disturbio-ajuda-na-alfabetizacao-matematica-diz-britanica.html