sexta-feira, 30 de março de 2012

PSICOPEDAGOGIA HOSPITALAR

“No meio do caminho tinha uma pedra Tinha uma pedra no meio do caminho Tinha uma pedra No meio do caminho tinha uma pedra” Drummond PSICOPEDAGOGIA HOSPITALAR Se o objeto de estudo da Psicopedagogia é a aprendizagem humana e ela esta inserida em todas as atividades de nossas vidas, ela não poderá ficar fora do contexto hospitalar, pois os períodos de internação podem ser breves ou longos e, quando o paciente recebe alta, muitas vezes, precisa aprender a aprender a lidar com novas situações na vida. A Proposta da Psicopedagogia Hospitalar é Ser o interlocutor, não só de crianças mas também de todos aqueles que passam por internações, sejam elas curta, média ou de longa duração, doenças crônicas e de pacientes terminais.SOLIDARIEDADE Os psicopedagogos hospitalares, embasados na técnica e na prática, utilizam todo o seu conhecimento para criar um mundo onde as pessoas se preocupam umas com as outras. EDUCAR E CUIDAR Longos períodos de internação necessitam da intervenção do psicopedagogo, trabalhando a auto-estima e a reintegração em seu grupo social. Psicopedagogo Hospitalar É um intermediador, porque ela dá voz ao paciente, ensina, aprende, reaprende em um eterno movimento, pois viver é um aprendizado constante. Aprendizagem Se aprendizagem é mudança de comportamento, somos profissionais das mudanças e da vida.Psicopedagogo e a Instituição Hospitalar Estamos sós no começo dessa trajetória na área hospitalar, mas, com nossa dedicação, aperfeiçoamento, determinação ousadia e coragem, conseguiremos, sem dúvida, romper mais um paradigma – O Psicopedagogo na Instituição Hospitalar O FAZER DO PSICOPADAGOGO HOSPITALAR Grupos de Relacionamento Grupos de Escuta e Acolhimento Atendimento Individualizado (ao adulto e ao idoso) Grupo interdisciplinar e multidisciplinar com a equipe hospitalar Grupo: “Trabalhando A reaprender A viver” (em casos de alta) Grupos de histórias, músicas, pinturas, artes e outras atividades lúdicas que possam ser adequadas ao ambiente hospitalar. A Psicopedagogia Hospitalar Surge como uma terceira força da Psicopedagogia que se organiza a partir de várias áreas de educação e Saúde. Trabalhando com a Criança, o adolescente, o adulto e o idoso. Mas, jamais poderá ser exclusiva da Infância. Como Psicopedagogo Hospitalar É imprescindível compreender o corpo de uma estrutura hospitalar, por se tratar de uma área relativamente nova, onde a Instituição Hospitalar não saberá o que pedir ao Psicopedagogo e cabe a ele mostrar o que pode acrescentar em benefício do paciente e da Instituição.Articular... O psicopedagogo irá por em ação um questionamento e reflexão de como se adaptar a este novo ambiente, provido de regras, normas, valores e função social, as quais o mesmo deverá se conscientizar de sua identidade profissional e delimitar até onde vai a sua atuação e a do outro profissional, realizando o devido encaminhamento quando se fizer necessário.O Psicopedagogo e o Trabalho em equipe Junto a equipe multidisciplinar atuará de forma coesa e nunca isoladamente ou fragmentada, é importante que haja um espaço para que os conhecimentos de ambos profissionais envolvidos neste contexto sejam integrados a novas ideias, compartilhadas e resignificadas, conhecer o olhar de cada um contribuirá para reconhecer as dificuldades pessoais e institucionais para por em ação uma atitude sistêmica. princípios Na área humana toda atuação deve estar pautada em princípios éticos e bioéticos estabelecidos. São direitos do ser humano que, em nenhum momento podem ser transgredidos: Direito a Privacidade Direito ao Sigilo Direito ao Consentimento informado Direito à auto-estima. PROF. MSC. GLACIENE JANUÁRIO HOTTIS LYRA-2010

A importância do psicopedagogo frente às dificuldades de aprendizagem

Por Silvia Oliveira Disponível em http://www.abpp.com.br/artigos/62.htm. É importante ressaltar a psicopedagogia como complemento, que é a ciência nova que estuda o processo de aprendizagem e dificuldades, muito tem contribuído para explicar a causa das dificuldades de aprendizagem, pois tem como objetivo central de estudo o processo humano do conhecimento: seus padrões evolutivos normais e patologias bem como a influência (família, escola, sociedade) no seu desenvolvimento (Scoz, 1992; Kiquel, 1991). O psicopedagogo assume papel relevante na abordagem e solução dos problemas de aprendizagem. Não procura culpados e não age com indulgência. De acordo com Bossa (2000, p. 14), “é comum, na literatura, os professores serem acusados de si isentarem de sua culpa e responsabilizar o aluno ou sua família pelos problemas de aprendizagem”, mas há um processo a ser visto, às vezes, os métodos de ensino tem que ser mudados, o afeto, o amor, a atenção, isto tudo influi muito na questão. Nesse caso, o psicopedagogo procura avaliar a situação da forma mais eficiente e proveitosa. Em sua avaliação, no encontro inicial com o aprendente e seus familiares, que é um recurso importantíssimo, utiliza a “escuta psicopedagógica”, que o auxiliará a captar através do jogo, do silêncio, dos que possam explicar a causa de não aprender. Segundo Alícia Fernandes (1990 p. 117), a [...] intervenção psicopedagógica não si dirige ao sintoma, mas o poder para mobilizar a modalidade de aprendizagem, o sintoma cristaliza a modalidade de aprendizagem em um determinado momento, e é a partir daí que vai transformando o processo ensino aprendizagem. Portanto a psicopedagogia não lida diretamente com o problema, lida com as pessoas envolvidas. Lida com as crianças, com os familiares e com os professores, levando em conta aspectos sociais, culturais, econômicos e psicológicos. A psicopedagogia é uma área que estuda e lida com o processo de aprendizagem e com os problemas dele decorrentes. Acreditamos que, se existissem nas escolas psicopedagogos trabalhando com essas dificuldades, o número de crianças com problemas seria bem menor. Para Bossa (2000), o psicopedagogo tem muito o que fazer na escola: Sua intervenção tem um caráter preventivo,sua atuação inclui: •orientar os pais; •auxiliar os professores e demais profissionais nas questões pedagógicas; •colaborar com a direção para que haja um bom entrosamento em todos os integrantes da instituição e; •principalmente socorrer o aluno que esteja sofrendo, qualquer que seja a causa. São inúmeras as intervenções que o psicopedagogo pode ajudar os alunos quando precisam, e muitas coisas podem atrapalhar uma criança na escola, sem que o professor perceba, e é o que ocorre com as maiorias das crianças com dificuldades de aprendizagens, e às vezes por motivos tão simples de serem resolvidos. Problemas familiares, com os professores, com os colegas de turma, no conteúdo escolar, e muitos outros que acabam por tornar a escola um lugar aversivo, e o que deveria ser um lugar prazeroso. Dentro da escola, a experiência de intervenção junto ao professor, num processo de parceria, possibilita uma aprendizagem muito importante e enriquecedora, principalmente se os professores forem especialistas em suas disciplinas. Não só a sua intervenção junto ao professor é positiva, também com a participação em reuniões de pais, esclarecendo o desenvolvimento dos seus filhos, em conselhos de classe com a avaliação no processo metodológico, na escola como um todo, acompanhando e sugerindo atividades, buscando estratégias e apoio necessário para cada criança com dificuldade. Segundo Bossa (l994, p. 23) "[...] cabe ao psicopedagogo perceber eventuais perturbações no processo aprendizagem, participar da dinâmica da comunidade educativa, favorecendo a integração, promovendo orientações metodológicas de acordo com as características e particularidades dos indivíduos do grupo, realizando processos de orientação. Já que no caráter essistencial, o psicopedagogo participa de equipes responsáveis pela elaboração de planos e projetos no contexto teórico/prático das políticas educacionais, fazendo com que os professores, diretores e coordenadores possam repensar o papel da escola frente a sua docência e às necessidades individuais de aprendizagem da criança ou, da própria ensinagem. O psicopedagogo atinge seus objetivos quando, tem a compreensão das necessidades de aprendizagem de determinado aluno, abre espaço para que a escola viabilize recursos para atender às necessidades de aprendizagem. Desta forma o psicopedagogo institucional passa a tornar uma ferramenta poderosa no auxílio da aprendizagem. O aprendizado não é adquirido somente na escola, é construído pela criança em contato com o social, junto com sua família e no mundo que o cerca. A família é o primeiro vínculo com a criança e é responsável por grande parte de sua educação, e de sua aprendizagem, e por meio desta aprendizagem ela é inserida no mundo cultural, simbólico e começa a construir seus saberes. Na realidade atual, o que temos observado é que as famílias estão meio perdidas, não sabendo lidar com situações novas: pais que trabalham o dia todo fora de casa, pais que brigam o tempo todo, desempregados, usando drogas, pais analfabetos, separados e mães solteiras. Essas famílias acabam transferindo para a criança, e esta entra num processo de dificuldade, e acabam depositando toda a responsabilidade para a escola, sendo que, em decorrência disso, presenciamos gerações cada vez mais dependentes, e a escola tendo que desviar de suas devidas funções para poder suprir outras necessidades. Cabe ai o psicopedagogo intervir junto à família das crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem, por meio de uma entrevista e de uma anammese com essa família, para tomar conhecimento de informações sobre sua vida orgânica, cognitiva, social e emocional. Estar atentos no que a família pensa, seus anseios, seus objetivos e expectativas com relação ao desenvolvimento do filho é de grande importância para o psicopedagogo chegar a um diagnóstico. Vale lembrar o que diz Bossa (1994), sobre o diagnóstico: "O diagnóstico é um processo contínuo sempre revisável, onde a intervenção do psicopedagogo inicia, segundo vimos afirmando, numa atitude investigadora, até a intervenção. É preciso observar que esta atitude investigadora, de fato, prossegue durante todo o trabalho, na própria intervenção, com o objetivo de observação ou acompanhamento da evolução do sujeito". (BOSSA, 1994, p.74) Às vezes, quando o fracasso escolar não está associado às desordens neurológicas, a família tem grande participação nesse fracasso. Percebe-se nos problemas, lentidão de raciocínio, falta de atenção, e desinteresse. Esses aspectos precisam ser trabalhados para se obter melhor rendimento intelectual. A família desempenha um papel importante na condução e evolução do problema acima mencionado, muitas vezes não quer enxergar essa criança com dificuldades que muitas vezes está pedindo socorro, pedindo um abraço, um carinho, para chamar a atenção para o seu pedido, a sua carência. Esse vínculo afetivo é muito importante para o desenvolvimento da criança. Sabemos que uma criança só aprende se tem o desejo de aprender, e para isso é importante que os pais contribuem nesse processo. É cobrado da criança que esta seja bem sucedida. Porém quando este desejo não se realiza, surge a frustração e a raiva que acabam colocando a criança num estado de menos valia, e proporcionando as dificuldades de aprendizagem. A intervenção psicopedagógica se propõe a incluir os pais no processo, através de reuniões, possibilitando o acompanhamento do trabalho junto aos professores. Sendo assim os pais ocupam um novo espaço no contexto do trabalho, opinando e participando, e isto é de suma importância. Referências ALVES, Rubem. Fomos maus alunos. 2 ed. São Paulo: Papirus, 2003. BARRY, J. Wadsworth. Inteligência e afetividade da criança na teoria de Piaget. 5 ed. São Paulo: Pioneira, 1997. BOSSA, Nádia. A psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1994. ________________. Dificuldades de Aprendizagem: o que são e como tratá-las. Porto Alegre: ARTMED, 2000. CURY, A. Pais Brilhantes, Professores Fascinantes. Rio de Janeiro: Sextante, 2003. FERNANDES, Alícia. A inteligência Aprisionada. Porto Alegre: Artmed, 1990. LIBANÊO, José Carlo. Adeus Professor, adeus professora: novas exigências educacionais e docente. São Paulo: Cortez, 2002. LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da Educação. São Paulo: Cortez, 1994 (Coleção Magistério 2º grau). MARTA, Kohl de Oliveira. VYGOTSKY: Aprendizado e desenvolvimento num processo histórico. São Paulo: Spcione, 2004. PIAGET, Jean. Para onde vai a educação? Rio de Janeiro: Olympio / UNESCO, 1973. SCOZ, B. Psicopedagogia e Realidade Escolar. Campinas: Vozes, 1996.

Análise Piagetiana

1 - Garatuja: Faz parte da fase sensório-motora e parte da fase pré-operacional. A criança demonstra extremo prazer nesta fase. A figura humana é inexistente ou pode aparecer da maneira imaginária. A cor tem um papel secundário, aparecendo o interesse pelo contraste, mas não há intenção consciente. Aqui a expressão é o jogo simbólico: "eu represento sozinho". O símbolo já existe. 2 - Pré- Esquematismo: Dentro da fase pré-operatória, aparece a descoberta da relação entre desenho, pensamento e realidade. Quanto ao espaço, os desenhos são dispersos inicialmente, não relaciona entre si. Então aparecem as primeiras relações espaciais, surgindo devido a vínculos emocionais. A figura humana torna-se uma procura de um conceito que depende do seu conhecimento ativo, inicia a mudança de símbolos. Quanto a utilização das cores, pode usar, mas não há relação ainda com a realidade, dependerá do interesse emocional. Dentro da expressão, o jogo simbólico aparece como: "nós representamos juntos". 3 - Esquematismo: Faz parte da fase das operações concretas. Esquemas representativos, afirmação de si mediante repetição flexível do esquema; experiências novas são expressas pelo desvio do esquema. Quanto ao espaço, é o primeiro conceito definido de espaço: linha de base. Já tem um conceito definido quanto a figura humana, porém aparecem desvios do esquema como: exagero, negligência, omissão ou mudança de símbolo. Aqui existe a descoberta das relações quanto a cor; cor-objeto, podendo haver um desvio do esquema de cor expressa por experiência emocional. Aparece na expressão o jogo simbólico coletivo ou jogo dramático e a regra. 4 - Realismo: Também faz parte da fase das operações concretas, mas já no final desta fase. Existe uma consciência maior do sexo e autocrítica pronunciada. No espaço é descoberto o plano e a superposição. Abandona a linha de base. Na figura humana aparece o abandono das linhas. As formas geométricas aparecem. Maior rigidez e formalismo. Acentuação das roupas diferenciando os sexos. Aqui acontece o abandono do esquema de cor, a acentuação será de enfoque emocional. Tanto no Esquematismo como no Realismo, o jogo simbólico é coletivo, jogo dramático e regras. 5 - Pseudo Naturalismo: Estamos na fase das operações abstratas. É o fim da arte como atividade espontânea. Inicia a investigação de sua própria personalidade. Aparecem dois tipos de tendência: visual (realismo, objetividade); háptico (expressão subjetividade). No espaço já apresenta a profundidade ou a preocupação com experiências emocionais (espaço subjetivo). Na figura humana as características sexuais são exageradas, presença das articulações e proporções. A consciência visual (realismo) ou acentuação da expressão, também fazem parte deste período. A expressão aparece como: "eu represento e você vê”. Aqui estão presentes o exercício, símbolo e a regra. VYGOTSKY E A MENTE HUMANA Solange Gomes da Fonseca A psicologia sociohistorica traz seu bojo a concepção de que todo “homem” se constitui como ser humano pelas relações que estabelece com os outros. Desde o nosso nascimento somos socialmente dependentes dos outros e entramos em um processo histórico que, de um lado, nos oferece os dados sobre o mundo e visões, de outro lado, permite a constituição de uma visão pessoal sobre este mesmo mundo. O momento do nascimento de cada um esta inserido em um tempo e em um espaço em movimento constante. A historia de nossa vida caminha de forma a processarem toda uma historia de vida integrada com outras muitas historias que se cruzam naquele momento. Como seres humanos e, portanto, ontologicamente sociais, passamos a construir a nossa historia só e exclusivamente com a participação dos outros e da apropriação do patrimônio cultural da humanidade. Na teoria sócio interacionista de Vygotsky, encontramos uma visão de desenvolvimento humano baseado na idéia de um organismo ativo cujo pensamento é construído em um ambiente histórico e cultural; a criança reconstrói internamente uma atividade externa, como resultado de processo interativo que se dão ao longo do tempo. As interações sociais na perspectiva sociohistorica permitem pensar um ser humano em constante construção e transformação que, mediante as interações sociais, conquista e confere novos significados e olhares para a vida em sociedade. Vygotsky, ao desenvolver sua teoria, parece não ter pretendido criar um modelo simples e linear de transmissão da experiência cultural do adulto para a criança. O pensamento aparece como dialogo consigo mesmo e o raciocínio como uma argumentação metacognitiva; a atividade mental não é nem pode ser mera copia do dialogo adulto/criança, posto que esta ultima participa ativamente da interação. Desta forma, a internalização não pode ser entendida como adoção passiva do conhecimento previamente apresentado à criança pelo adulto. Antes, é um processo de reconstrução mental do funcionamento interpsicologico. As proposições de Vygotsky acerca do processo de formação de conceitos nos remetem à discussão das relações entre o pensamento e a linguagem, à questão da mediação cultural no processo de construção de significados por parte do indivíduo, ao processo de internalização e ao papel da escola na transmissão de conhecimentos de natureza diferente daqueles aprendidos na vida cotidiana. Em A Formação Social da Mente, Vygotsky coloca que: ‘todas as funções no desenvolvimento da criança aparecem duas vezes: primeiro no nível social, e depois no nível individual; primeiro entre pessoas (interpsicologico), e, depois no interior da criança (intrapsicologico) “. Do mesmo modo as postulações de Vygotsky sobre a formação dos conceitos cotidianos concretizam suas concepções sobre o processo de formação de conceitos científicos remetem a idéia mais geral acerca do desenvolvimento humano. As dimensões cognitivas e afetivas do funcionamento psicológico tem sido tratadas, ao longo da historia da Psicologia como ciência, de forma separada, nas diferentes tradições dentro dessa disciplina. Atualmente, no entanto, percebe-se uma tendência de reunião desses dois aspectos, numa tentativa de recomposição do ser psicológico completo. Em termos contemporâneos, Yygotsky poderia ser considerado um cognitivista na medida em que se preocupa com a investigação dos processos internos relacionados à aquisição, organização e uso do conhecimento e, especificamente, com sua dimensão simbólica. No entanto, é interessante notar, que Vygotsky nunca usou o termo “cognição”. Na verdade, apenas recentemente é que um equivalente mais precisa de cognitivo entrou no léxico da psicologia soviética, com o termo “kognitivnii”. Isto não significa, de forma alguma, que os psicólogos soviéticos não tenham estudado processos como pensamento, percepção e memória. Os termos utilizados por Vygotsky para designar processos que denominamos cognitivos são “funções mentais” e “consciência”. O desenvolvimento da linguagem serve como paradigma de todo problema examinado. A linguagem origina-se em primeiro lugar como meio de comunicação entre o aluno e o professor, onde começa acontecer a interação. Dito isso, não é necessário sublinhar que a característica essencial da aprendizagem é que engedra a área de desenvolvimento potencial, ou seja, que faz nascer, estimula e ativa no aluno um grupo de processos internos de desenvolvimento no âmbito das inter-relações com outros que, na continuação, são absorvidos pelo curso interior de desenvolvimento e se convertem em aquisições internas do aluno. Considerada deste ponto de vista, a aprendizagem não é, em si mesma, desenvolvimento, mas uma correta organização da aprendizagem do aluno. Conduz ao desenvolvimento mental, ativa todo um grupo de processos de desenvolvimento. Por isso, a aprendizagem é um momento intrinsecamente necessário e universal para que se desenvolvam no aluno essas características humanas não naturais, mas formadas historicamente. Para Vygotsky, um aspecto essencial do aprendizado é o fato de ele criar uma zona de desenvolvimento proximal; ou seja, o aprendizado desperta vários processos internos de desenvolvimento, que são capazes de operar somente quando a criança interage com pessoas em seu ambiente e quando em cooperação co m seus companheiros. Uma vez internalizados esses processos tornam, -se parte das aquisições do desenvolvi mento independentemente da criança. O principal componente inovador da teoria de Vygotsky é a incorporação de fatores sociais na formação de conceitos. Em Vygotsky os conceitos vão sendo formados individualmente por cada sujeito ate atingirem o estagio de pseudoconceitos. Nesta fase é a mediação da cultura que permite uma convergência dos pseudoconceitos em direção a conceitos compartilhados por um certo agrupamento humano. Sem este papel mediador os pseudoconceitos evoluiriam em direção arbitraria, não, permitindo a vida social. A obra do psicólogo ressalta o papel da escola no desenvolvimento mental das crianças e, é uma das mais estudadas pela pedagogia contemporânea. A parte mais conhecida da extensa obra produzida por Vygotsky em seu curto tempo de vida converge para o tema da criação da cultura. Vygotsky atribui a um papel preponderante às relações sociais nesse processo, tanto que a corrente pedagógica que se originou de seu pensamento é chamada de socioconstrutivismo ou sociointeracionismo. umário Transtorno de conduta: uma orientação a educadores Objetivou-se no presente trabalho informar e orientar os profissionais ligados a educação sobre as principais características, evolução, diagnóstico e tratamento do transtorno de conduta, desde a infância até a fase adulta. Pretendeu-se também esclarecer as principais diferenças entre a indisciplina e o transtorno apontado, bem como ressaltar a importância de um diagnóstico precoce e as possíveis intervenções medicamentosas, terapêuticas, familiares e escolares. Palavras-Chave: Transtorno de conduta; caracterização da doença; diagnóstico; curso e prognóstico; tratamento. Aimed to this present job to inform and to manage the professionals connected with the education about the main features, evolution, diagnosis and treatment of conduct disorder, since the childhood until adulthood. It was intended also to explain the main differences between the indiscipline and the conduct emphasized, as well as highlight the importance of an early diagnosis and the possible drug interventions, therapeutic, family and school. Keywords: < conduct disorder; characterization of disease; diagnosis; course and prognosis; treatment > INTRODUÇÃOCom base nos relatos de educadores e familiares sobre atitudes inadequadas ou consideradas inaceitáveis para crianças e adolescentes, o artigo levantará algumas considerações importantes sobre o Transtorno de Conduta, desde a infância até a fase adulta. Todavia, serão apontadas os principais aspectos tais como: caracterização do transtorno, diagnóstico, curso e prognóstico, fatores associados ao comportamento, avaliação e tratamento, critérios avaliativos, prevalência e intervenções. O objetivo do presente trabalho é transmitir algumas informações relevantes aos profissionais ligados à área da educação, com o intuito de informar e diferenciar a indisciplina de um Transtorno de Conduta, tendo em vista os inúmeros casos de violência física e moral que emergem hoje nas salas de aula, nas famílias e na sociedade. O artigo busca dar subsídios aos educadores, orientando o seu trabalho educacional e visando o bem estar da criança. Acredito que o esclarecimento de tal transtorno seja válido, pois nota-se que atualmente o número de violência, homicídios e uso de drogas aumenta avassaladoramente, sendo assim, através da informação tentar precocemente amenizar as más condutas. 1.CARACTERIZAÇÃO DO TRANSTORNOAlguns comportamentos apresentados durante a infância podem ser observados no desenvolvimento normal de uma criança, tais como: mentir e matar aula, mas segundo Bordin (2.000, p.01), “Para diferenciar normalidade de psicopatologia, é importante verificar se esses comportamentos ocorrem esporadicamente e de modo isolado ou se constituem síndromes”. Para que o indivíduo possa se enquadrar no diagnóstico de Transtorno de Conduta deverá ter apresentado nos últimos 12 meses comportamentos que incomodem ou perturbem o próximo, se envolver em atividades perigosas e ilegais, a maioria dos envolvidos não apresentam sofrimento ou constrangimento pelas suas atitudes, bem como não se importam em ferir ou maltratar animais e pessoas moralmente ou fisicamente. Mondoni (2.006, p.01) ressalta também que, “Comportamentos que transgridem a lei constituem a elinqüência”. Todavia, o que se observa é que este distúrbio do comportamento é mais frequente na infância e adolescência e a primeira causa de encaminhamento ao psiquiatra infantil. Com base em critérios diagnósticos internacionais (DSM-IV), na infância e na adolescência tais comportamentos fazem parte das categorias Transtorno Desafiador de Oposição (TDO) e Transtorno de Conduta (TC), já na fase adulta, a partir dos 18 anos, se enquadram no Transtorno de Personalidade Antissocial (TPAS). 2.DIAGNÓSTICOSegundo o DSM-IV (1.995) O Transtorno de Conduta implica um padrão repetitivo e persistente de comportamentos no qual são violados os direitos dos outros e regras sociais. Para que o diagnóstico seja fidedigno, faz-se imprescindível a presença de pelo menos, três das condutas abaixo apontada, e persistente por um período de 12 meses. •Frequentemente persegue, atormenta, ameaça ou intimida os outros. •Frequentemente inicia lutas corporais. •Já usou armas que podem causar ferimentos graves. •Foi cruel com pessoas, ferindo-as fisicamente. •Foi cruel com animais. •Roubou ou assaltou confrontando a vítima. •Submeteu alguém a atividade sexual forçada. •Iniciou incêndio com a intenção de provocar sérios danos. •Destruiu propriedade alheia. •Arrombou ou invadiu, casas, prédios ou carros. •Mente ou engana para obter ganhos materiais, favores ou para fugir de obrigações. •Furtou objetos de valor. •Frequentemente passa a noite fora, apesar da proibição dos pais. •Fugiu de casa pelo menos duas vezes, passando a noite fora, enquanto morava com os pais ou substitutos. •Falta da escola sem motivo, matando aula frequentemente. Fonte: http://www.psicologia.com.pt/instrumentos/dsm_cid.php O DSM-IV subdivide o Transtorno de Conduta em dois subtipos: surgimento antes dos 10 anos de idade e após os 10 anos. Tais comportamentos, quando persistentes até a fase adulta (após 18 anos), se caracterizam por Transtorno de Personalidade Antissocial. O CID-10 aponta que os transtornos de conduta são caracterizados por padrões persistentes de conduta dissocial, agressiva ou desafiante. Tal comportamento deve comportar grandes violações das expectativas sociais próprias à idade da criança; deve haver mais do que as travessuras infantis ou a rebeldia do adolescente e se trata de um padrão duradouro de comportamento (seis meses ou mais) (CID-10, 1993) O diagnóstico se baseia na presença de condutas do seguinte tipo: •manifestações excessivas de agressividade e de tirania; •crueldade com relação a outras pessoas ou a animais; •destruição dos bens de outrem; •condutas incendiárias; •roubos; •mentiras repetidas; •cabular aulas e fugir de casa; •crises de birra e de desobediência anormalmente freqüentes e graves. Fonte: CID-10, 1993. A referida norma citada anteriormente, também subdivide o Transtorno de conduta em: socializados e não socializados. Transtorno de conduta não socializado é caracterizado pela presença de um comportamento dissocial ou agressivo persistente associado a uma alteração significativa e global das relações com as outras crianças. Já os diagnosticados com o transtorno socializado apresentam comportamento dissocial ou agressivo manifestando-se em indivíduos habitualmente bem integrados com seus companheiros. Segundo Silva (2.002 apud DSM-IV-TR, 2.008, p.207) o diagnóstico dado pelo especialista deve especificar a gravidade do transtorno em leve, moderado e grave. Baseado nos critérios do CID-10 (1.992/1.993) os indivíduos com Transtorno de Oposição e Desafio e Transtorno de Conduta devem apresentar comportamentos pouco empáticos ou pouco preocupados com os sentimentos, desejos e bem-estar dos outros. Podem não apresentar sentimentos de culpa e remorso, que aprendem a simular para evitar punições. A autoestima é baixa e há reduzida tolerância à frustração, ocorrem acessos de raiva, irritabilidade imprudência, ocasionando um número alto de acidentes. 3.CURSO E PROGNÓSTICOEvidências empíricas sugerem que as primeiras manifestações do comportamento antissocial podem aparecer precocemente, aproximadamente aos 18 meses, onde a criança já apresenta comportamentos como agredir os pais e destruir objetos. Como visto anteriormente os sintomas do Transtorno de Conduta podem surgir desde a infância e persistir até a fase adulta. Na maior parte dos casos, quando o Transtorno de Conduta surge antes dos 10 anos de idade, é muito comum a presença do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). De acordo com Bordin (2.000, p.03) pode observar-se também “A presença de comportamento agressivo, déficit intelectual, convulsões e comprometimento do sistema nervoso central”. De acordo com Bordin, o aparecimento do TDAH nos diagnóstico de Transtorno de Conduta pode chegar a 43% dos casos, envolvendo principalmente os meninos, já no sexo feminino é mais comum o aparecimento do quadro de ansiedade e depressão (33% dos casos). Conforme Mondoni (2.006, p.05) “A prevalência do Transtorno de Conduta varia de acordo com muitos estudos, ficando entre 5 a 10%, sendo 2 a 3 vezes mais comuns em meninos”. Pacheco et. al.(2.005, p.04) aborda que “Crianças que recebem o diagnóstico de Transtorno Desafiador de Oposição na infância, tendem a apresentar um risco aumentado para desenvolver posteriormente Transtorno de Conduta na adolescência”. A maior parte das crianças diagnosticadas por Transtorno de Conduta ou Transtorno Desafiador de Oposição tendem a apresentar dificuldades de aprendizagem e fracasso escolar. O que se observa é que comportamentos antissociais apresentados logo na infância, quando não tratados adequadamente, podem ser protótipos de comportamentos delinquentes para a fase adulta, discórdia conjugal, problemas de relacionamento social, uso de drogas e álcool. Alguns fatores podem estar associados ao comportamento antissocial da criança. O que se observou em alguns estudos em clínicas psiquiátricas, foi que o ambiente familiar e social desajustado poderiam ser fatores de desencadeamento dos Transtornos. Conforme aponta Bordin (2.000, p.04) alguns fatores seriam “Receber cuidados maternos inadequados, viver em meio à discórdia conjugal, pais agressivos e violentos, mães com problemas de saúde mental e viver em áreas urbanas”. Ainda esta autora nos afirma que há uma taxa maior de criminalidade nos pais biológicos do que nos pais adotivos, formulando a hipótese de uma predisposição biológica para o comportamento anitssocial. De acordo com Morana (2.006, p.03) sobre o entendimento desses pacientes “É fundamental se considerar o ambiente em que vive o indivíduo e a interação com ele estabelecida”. Ressalta ainda a autora que a negligência e os maus-tratos recebidos por uma criança em que o cérebro está sendo esculpido pela experiência, induz a uma anomalia da circuitaria cerebral, podendo conduzir à agressividade, hiperatividade, distúrbio da atenção, delinquência e abuso de drogas. (Morana, 2.006) 4.AVALIAÇÃOSegundo Barbieri (2.004, p.02) a avaliação da criança será feita a partir de “Assinalamentos e interpretações desde a primeira entrevista com o paciente e envolvidos com o mesmo, e durante a aplicação de técnicas projetivas”. Para Morana (2.006, p.04) “A avaliação diagnóstica enfrenta polêmica, pois há uma divergência entre valorização das entrevistas livres ou aplicação de testes padronizados.” Com tudo, há profissionais que se utilizam de entrevistas e outros que se apóiam em testes psicológicos. De qualquer maneira, independente dos procedimentos utilizados para se fazer o psicodiagnóstico, faz-se importante investigar toda a história de vida do examinado, verificando se há ou não padrão anormal de conduta, tomando como base os critérios estabelecidos pelo DSM-IV e CID-10. Com base nos estudos e relatos de Barbieri (2.004), para se fazer o diagnóstico do transtorno, foi possível notar o uso dos seguintes instrumentos: entrevistas de anamnese, técnica de Rorschach, sessões psicanalíticas lúdicas, entrevista familiar diagnóstica e devolutiva. 5.TRATAMENTOAs pessoas diagnosticadas pelo Transtorno desafiador de Oposição, Transtorno de Conduta ou Transtorno de Personalidade necessitam de uma excessiva atenção e acompanhamento precoce, com o intuito de se amenizar os comportamentos antissociais. Os tratamentos citados na literatura são bastante variados, podendo incluir: acompanhamento do indivíduo diagnosticado, intervenções familiares e junto a equipe escolar, orientando e treinando a família, comunidade e professores. Os melhores resultados têm sido apontados por aqueles que têm por objetivo o tratamento de sintomas específicos, e a terapia comportamental dialética vem recebendo um reconhecimento internacional de sua eficácia em Transtorno de Personalidade. (MORANA, 2.006) O que se observa é que nenhum tratamento obtém um resultado satisfatório quando aplicado isoladamente, isto é, faz-se necessário uma equipe multidisciplinar atuante, família, paciente, sociedade, escola e terapeuta, para que desta forma se encontre harmonia na intervenção. No estudo de Bordin (2.000) é ressaltada a importância de se fazer o diagnóstico precocemente e quanto mais jovem o paciente, melhores os resultados obtidos nas intervenções. Neste mesmo estudo é apontada a importância de apoio aos pais, com o objetivo de se estabelecer métodos mais apropriados para educar o filho, bem como o contato do terapeuta com a escola, com o intuito de amparar a equipe pedagógica no relacionamento aluno/professor, aluno/aluno. O que se nota é que o envolvimento do paciente com oficinas de artes, pintura, música e esportes contribuem bastante para o tratamento do transtorno, pois se observa a oportunidade do indivíduo estabelecer vínculo afetivo com os profissionais responsáveis pelas atividades, além do paciente se sentir capaz na realização das atividades. Bordin(2.000) aponta ainda que o uso de medicações faz-se necessário somente em casos onde o paciente manifeste convulsões, agressividades ou depressão. Já na fase adulta, caso haja indícios de suicídio, autoagressão ou homicídio, a hospitalização é um dos recursos utilizados. Outra contribuição que se tem referente ao tratamento do indivíduo diagnosticado com os transtornos acima citados, é a de Barbieri (2.004, p.05 apud GRUSPUN, 2.004) “Práticas como psicoterapia, atendimento psicopedagógico ou mudança do ambiente da criança devem ser acompanhadas por intervenções com os pais, senso a profilaxia da doença dirigida principalmente a eles”. 6.CONSIDERAÇÕES FINAISBuscou-se apresentar no presente trabalho o conceito e intervenções no tratamento de crianças diagnosticadas com Transtorno de Conduta. Com base nos estudos apresentados, podemos concluir que o Transtorno de Conduta é um problema comportamental possível de ser diagnosticado e tratado, evitando seu agravamento no futuro. Muitas vezes esse transtorno pode vir acompanhado de TDAH, o que poderá acarretar em consequências negativas na vida acadêmica, social e familiar da criança. Faz-se imprescindível um olhar criterioso por parte da equipe pedagógica que acompanha o aluno, avaliando adequadamente os comportamentos apresentados, e se necessário encaminhando-o para os profissionais competentes. Muitos dos comportamentos apresentados atualmente nas escolas públicas e privadas podem ser indícios de Transtorno de Oposição e Desafio ou até mesmo, Transtorno de Conduta. Fabiane Cristina Favarelli Navega Bibliografia REFERÊNCIAS BARBIERI,V.;JACQUEMIN, A.;ALVES, Z. M. M. B. Alcances e limites do psicodiagnóstico interventivo no tratamento de criança antissociais. In: Paideia. Ribeirão Preto, v. 14, n.28, 2004. BORDIN, I. A. S.; OFFORD, D. R. Transtorno da conduta e comportamento anti-social. In: Revista Brasileira de Psiquiatria. São Paulo, v.22, n. 2, 2.000. CID-10 – Classificação de Transtornos Mentais e do Comportamento. Descrições clínicas e Diretrizes Diagnósticas. Porto Alegre. Ed.Artes Médicas, 1993. DSM-IV – Manual Diagnóstico e Estatístico. Porto Alegre. Ed. Artes Médicas, 1995. GREVET, E. H. et al. Transtorno de Oposição e Desafio e Transtorno de Conduta: os desfechos no TDAH em adultos. Rio Grande do Sul: Bireme, 2007.n.56, v.1.Disponível em: ? http://www.portal.revistas.bvs.br? Acesso em 27 nov. 2009. SILVA, A.B.B. Mentes Perigosas. O Psicopata mora ao lado. Rio de janeiro: Ed. Fontanar, 2.008. MONDONI, Susan. Transtorno de Conduta. São Paulo, 2006. Disponível em : ? HTTP://www.psiquiatriainfantil.com.br? Acesso em : 23 nov. 2009. MORANA, C.P; STONE, M.H.; ABDALLA FILHO, E. Transtorno de personalidade, psicopatia e serial Killer. In: Revista Brasileira de Psiquiatria. São Paulo, v.28, n.3, 2006. PACHECO,J.; ALVARENGA P.; REPPOLD, C.; PICCININI, C.A.; HUTZ, C.S. Estabilidade do comportamento antissocial na transição da infância para a adolescência: uma perspectiva desenvolvimentista.In: Revista Psicologia: Reflexão e Crítica. Porto Alegre, v. 18, n.01, 2005. PSICOLOGIA. Psiquiatria geral. Coordenado por: GJBallone. Disponível em: Acesso em: 19 maio 2010. Publicado em 04/02/2011 17:13:00 Currículo(s) do(s) autor(es) Fabiane Cristina Favarelli Navega - (clique no nome para enviar um e-mail ao autor) - Aluna do curso de pós-graduação do curso de Psicopedagogia pela Universidade Anhanguera. Formada em Pedagogia com habilitação em Educação Especial pela UNIMEP (2.000) atua na área da educação desde janeiro de 2.001. fONTE:http://umolharpsicopedagogico.blogspot.com.br/search?updated-min=2011-01-01T00:00:00-08:00&updated-max=2012-01-01T00:00:00-08:00&max-results=24