sábado, 18 de setembro de 2010

O LADO POSITIVO DO TDAH

A educação de uma criança é um desafio a todos os pais, pois não existe uma fórmula específica para se criar um filho. As necessidades são particulares a cada família e, principalmente a cada indivíduo. E, tratando-se de criar um filho com TDAH ou qualquer outro transtorno é uma tarefa ainda mais desafiadora, uma vez que, requer maior desempenho e compreensão.
As crianças portadoras de TDA / hiperatividade exigem de pais e educadores um maior monitoramento com relação ao planejamento e organização das atividades educacionais. Porém, muitas vezes pais, educadores e familiares têm de respirar fundo ao lidar com o processo de ensino-aprendizagem do TDAH.
Isto porque, na maioria dos casos, esses alunos dispersam-se facilmente; possuem dificuldade de memorização e de trabalhar dentro um tempo determinado. Contudo, há também o lado positivo do TDA/Hiperatividade, que segundo o psiquiatra norte-americano Edward Hallowell, autor de "Tendência à distração" corresponde ao fato de os TDAH's, em geral:

  • Demonstrarem ter pensamentos originais e idéias brilhantes;
  • Possuírem talentos criativos, que geralmente vêm à tona a partir do momento em que se trata o transtorno;
  • Tendem a adotar um jeito diferenciado de encarar a própria vida, pois quando controlado o transtorno a tendência é que se destaquem naquilo que fazem, saindo bem em diferentes áreas;
  • Possuem como características marcantes tanto a persistência quanto a flexibilidade;
  • Geralmente são extremamente afetivos e de comportamento generoso;
  • Altamente intuitivos;
  • E com frequência demonstram ter uma inteligência acima da média.
Em suma, ao se deparar com um portador de TDA/Hiperatividade dentro de sua casa, da escola ou no ambiente de trabalho, não apenas aponte o dedo para os "erros" fazendo um reforço negativo, busque colocar-se no lugar do outro e aplique o reforço positivo, ou seja, incentive e elogie o que é bom, pois mesmo sem TDAH somos imperfeitos. E, principalmente lembre-se: " Se é vital para o ser humano ter atenção, carinho e reconhecimento, é mortal ser ignorado."
Por Lívia Vasconcelos

sábado, 4 de setembro de 2010

Ator de Harry Potter revela que sofre de um distúrbio cerebral


Daniel Radcliffe tem coordenação motora e aprendizado afetados


Daniel Radcliffe sofre de doença que afeta coordenação motoraO astro de “Harry Potter”, Daniel Hadcliffe, revelou em entrevista ao “Daily Tegraph” que sofre de dispraxia, um distúrbio cerebral que atinge a parte intelectual, física e de linguagem. Mas no caso do ator, a doença afeta levemente a coordenação motora e o processo de aprendizagem. Segundo a assessoria de Radcliffe, nas piores manifestações da dispraxia, ele não consegue amarrar os sapatos ou escrever direito.

Radcliffe diz que a doença o estimulou a se tornar ator, principalmente, porque não conseguia ser um bom aluno. “Eu tive uma fase dura na escola, a ponto de errar tudo, de não ter talento”, lembra.

Uma vez sua mãe permitiu que ele fizesse um teste para a versão de “David Copperfield” na BBC, apenas como estímulo para aumentar a confiança do filho. Ele foi aprovado no teste e logo depois, Radcliffe foi escalado para fazer Harry Potter. Nos dois últimos filmes da série, ele ganhou cerca de US$ 50 milhões.

O neurologista Davi Younger, da “New York University Medical School”, especialista em dispraxia, se diz surpreso com a revelação da doença do ator. “Sou um grande fã de Harry Potter e estou surpreso por saber que Radcliffe tem dispraxia. É claro que ele tem uma forma leve da doença, mas o fato de não apresentar sinais é uma dádiva. Por ter desenvolvido a habilidade de atuar, ele se torna um modelo para outras pessoas nessas condições, " comentou.
Fonte:http://revistaquem.globo.com/Revista/Quem/0,,EMI10639-9531,00.html

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

PORQUE A ESCOLA PODE SER O PIOR PESADELO DO TDAH

Se para muitos alunos sem qualquer transtorno que interfira na aprendizagem a escola pode ser um pesadelo, imagine para aqueles que possuem TDAH, dislexia, dislalia, discalculia e, assim por diante.
Manter-se atento, concentrado e possuir perfeita coordenação de seu tempo já é uma tarefa bem difícil para qualquer criança ou adolescente, uma vez que, seu interesse pode voltar-se para diversas atividades como, video game, televisão, música, bonecas, futebol, etc. Mas estudar, com certeza não é uma das tarefas prediletas.
E aí vem a questão: como esse aluno consegue se concentrar em frente ao computador ou televisão e não consegue parar para estudar?
É simples, pois alguns de nós não gostam de matemática, outros de história, outros de redação, enfim, sempre há uma ou outra disciplina com a qual não nos identificamos, um professor do qual não gostamos da metodologia, ou seja, não somos capazes de aprender tudo e temos a tendência a aprender melhor aquilo que gostamos ou que nos desperta o interesse, sendo portador ou não de algum transtorno.
Então porque para o TDAH a escola pode ser um grande pesadelo?
A resposta está em vários fatores: a infra-estrutura da escola, falta de capacitação profissional, mas talvez o principal motivo seja o método de ensino e avaliação. O aluno com déficit de atenção precisa ser estimulado constantemente, precisa achar interesse naquilo que faz e uma opção que passa desapercebida em muitas instituições de ensino é o fato de associar ao processo de ensino-aprendizagem aquilo que causa interesse a esse aluno ao conteúdo escolar, por exemplo, trabalhar a matemática através de jogos, usar blog para trabalhar redação e muitas outras opções.
E no que diz respeito à avaliação, dependendo do tipo de transtorno e grau também fazer adaptações. Certamente, o objetivo é a inclusão, portanto, a única forma de avaliar não é fazer uma avaliação distinta dos demais e, sim buscar métodos avaliativos capazes fazer com que o aluno acompanhe a turma, por exemplo, se o aluno tem dificuldade de leitura e interpretação dê um tempo maior para a realização da avaliação ou aplique paralelamente à prova escrita uma avaliação oral.
O importante ´que o aluno sinta confiança na escola e no professor e não se sinta inferiorizado, pois caso contrário, ao invés de melhorar seu rendimento a escola não será nada motivadora.